quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Gil Vicente: A sátira universal e intemporal

Gil Vicente é considerado o pai do teatro literário português e é também um dos mais
importantes autores satíricos da língua portuguesa. No entanto, este tipo de teatro já existia noutros países do mundo. O autor inspirou-se em autores gregos e na Comédia Grega como meio de satirizar as classes sociais. Gil Vicente inspirou as suas obras nas críticas e na comédia de outras culturas. A sátira é universal.
O autor utilizou simultaneamente o epigrama, uma composição poética que expressa um pensamento satírico, e a comédia, representada em teatro.
Na sua obra “Auto da Barca do Inferno”, o dramaturgo criticou bastante a sociedade do seu tempo através do humor. O autor pôs a ridículo as ações de todas as classes socias que na sua opinião necessitavam de atenção e mudança. O seu objetivo era tentar consciencializar o público e fazê-lo refletir sobre estas ações.
As obras retratam perfeitamente a sociedade portuguesa do seu tempo e as personagens são caraterizadas pelo que o dramaturgo observava no seu quotidiano.
Os textos vicentinos permitem-nos ter uma ideia do pensamento, leituras e autores divulgados durante a primeira metade do século XVI.
Atualmente, o teatro vicentino tem as percussões do teatro de revista pois ambas criticam a sociedade através da comédia. Assim sendo é possível relacionar a crítica nas classes sociais do tempo do Gil Vicente e do nosso tempo, sendo a crítica intemporal.




*Texto escrito de acordo com o Acordo Ortográfico.




Bibliografia:
- Machado, Álvaro Manuel; Dicionário de Literatura Portuguesa; Editorial Presença; 1ª Edição; Lisboa; 1996.

Wikigrafia:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Epigrama
- http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A1tira
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9dia

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