segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Os Lusíadas - Uma épica da inovação

"Os Lusíadas" é um poema épico cujo autor é Luís Vaz de Camões.
Esta obra foi escrita com o objetivo de celebrar um grande feito dos portugueses no século XVI, os Descobrimentos e onde Camões fala de homens que se tornaram imortais, ou seja, que não tiveram esquecimento.
Este poema é uma narrativa em forma de verso organizado em estrofes.
Luís de Camões inspirou-se em vários grandes autores antigos, como Homero, que escreveu Ilíada, e Virgílio. que escreveu Eneida.
Este poema quando comparado com outros textos épicos é uma épica da inovação porque é um texto de elogio e gratificação do povo português. Enquanto os outros épicos glorificam um indivíduo específico, Os Lusíadas glorificam um povo, o povo de Portugal. É também uma inovação na linguagem.
Nesta obra, Camões escreve sobre a viagem de Vasco da Gama a Índia, sobre a mitologia que acreditavam existir nos mares, sobre toda a Historia de Portugal desde D. Afonso Henriques a D. Sebastião e também algumas das suas reflexões enquanto poeta.


*Texto escrito de acordo com o Acordo Ortográfico

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

“Ridendo castigat mores”

Gil Vicente na sua obra “Auto da Barca do Inferno” satirizou bastante a sociedade do seu tempo através do humor. O autor pôs a ridículo as ações da sociedade que na sua opinião necessitavam de atenção e de mudança. Gil Vicente utilizou as personagens tipos (tipos sociais) e assim criticou todas as classes sociais da época, como o povo, a burguesia, a nobreza e o clero. As personagens são caraterizadas pelo que o dramaturgo observava no seu quotidiano. A sua obra retrata perfeitamente a sociedade do seu tempo.
O seu objetivo era também tentar moralizar o público que assistisse às suas peças dessas ações. Utilizava a comédia como uma forma menos explícita de condenar os costumes da sociedade mas também de consciencializar o público.
Vários estudiosos associaram a expressão latina “Ridendo castigat mores” que significa “A rir se castigam os costumes” com as obras do dramaturgo Gil Vicente, pois ele seguia esta máxima latina.
Atualmente, este autor é sempre associado a esta expressão porque é a que melhor descreve a intenção e o estilo próprio de Gil Vicente.



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Gil Vicente: A sátira universal e intemporal

Gil Vicente é considerado o pai do teatro literário português e é também um dos mais
importantes autores satíricos da língua portuguesa. No entanto, este tipo de teatro já existia noutros países do mundo. O autor inspirou-se em autores gregos e na Comédia Grega como meio de satirizar as classes sociais. Gil Vicente inspirou as suas obras nas críticas e na comédia de outras culturas. A sátira é universal.
O autor utilizou simultaneamente o epigrama, uma composição poética que expressa um pensamento satírico, e a comédia, representada em teatro.
Na sua obra “Auto da Barca do Inferno”, o dramaturgo criticou bastante a sociedade do seu tempo através do humor. O autor pôs a ridículo as ações de todas as classes socias que na sua opinião necessitavam de atenção e mudança. O seu objetivo era tentar consciencializar o público e fazê-lo refletir sobre estas ações.
As obras retratam perfeitamente a sociedade portuguesa do seu tempo e as personagens são caraterizadas pelo que o dramaturgo observava no seu quotidiano.
Os textos vicentinos permitem-nos ter uma ideia do pensamento, leituras e autores divulgados durante a primeira metade do século XVI.
Atualmente, o teatro vicentino tem as percussões do teatro de revista pois ambas criticam a sociedade através da comédia. Assim sendo é possível relacionar a crítica nas classes sociais do tempo do Gil Vicente e do nosso tempo, sendo a crítica intemporal.




*Texto escrito de acordo com o Acordo Ortográfico.




Bibliografia:
- Machado, Álvaro Manuel; Dicionário de Literatura Portuguesa; Editorial Presença; 1ª Edição; Lisboa; 1996.

Wikigrafia:
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Epigrama
- http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A1tira
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9dia

domingo, 2 de outubro de 2011

O meu sonho

Todos temos sonhos. Sonhos que queremos realizar por mais insignificantes que sejam. São esses sonhos que nos definem enquanto pessoas.
Já tive inúmeros sonhos, todos tivemos. É normal ao longo da vida sonharmos com algo que queremos ser ou queremos ter.
Os sonhos vão e vêm à medida que o tempo passa. O único sonho que nunca devemos esquecer, é o sonho de vivermos felizes. Estarmos vivos em cada momento da nossa vida e senti-los como é suposto. Agora apercebo-me que esse é o meu único sonho. Estar perto das pessoas importantes na minha vida e ser feliz com elas, porque isso sim, é o mais importante.
Independentemente de todos os sonhos que tenhamos, este deve ser o único que nunca vai mudar ou desaparecer.
Existe muita gente que não tem possibilidade de ser feliz nem por uma vez na vida. Devemos reflectir naquilo que temos e apercebermo-nos que temos tudo para ser felizes e que existem pessoas em situações difíceis e que não o conseguem ser. Portanto o meu sonho é apenas esse. Um sonho simples mas por vezes, difícil de realizar.
Ser feliz é um direito que nos é dado mas quase nunca adquirido. Temos de sonhar e lutar pela nossa própria felicidade porque mais ninguém o fará.
Normalmente as pessoas não dão o devido valor à vida. A vida passa rápido e quando menos esperarmos pode acabar, por isso temos de ser felizes enquanto podemos, por mais difícil que por vezes possa ser.
Viver feliz toda a vida é um sonho. Um sonho que espero realizar sempre. Sem arrependimentos e tristezas.


* Texto escrito segundo a escrita antiga.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Técnicas de manipulação de marionetas

Boneco de Luva [ Fantoche ]
Boneco que o manipulador calça na mão, como os mamulengos (Divertimento popular que consiste em representações dramáticas por meio de bonecos). Normalmente, possui um corpo de tecido onde o indicador manipula a cabeça e dedos manipulam os braços.
A cabeça e as mãos podem ser esculpidas ou modeladas em diversos tipos de materiais, no mamulengo é mais comum o uso de madeira e papel.
A principal característica da manipulação de bonecos de luva é a agilidade dos movimentos, apesar das limitações de movimentos dos braços do boneco.
Outras variações de manipulação de luva são aquelas em que a mão do manipulador articula a boca do boneco.








Boneco de Vara
Mecanismo de manipulação por varas, pode ser um objecto acoplado às varas ou bonecos projectados com mecanismos de boca e olhos. No caso de bonecos de figura humana, normalmente, possui uma vara como eixo central e outras duas para os braços.
Na manipulação, pode se obter tanto movimentos bruscos como delicados, mas uma das dificuldades pode estar relacionada a sustentar o peso do boneco para que mantenha os eixos, conciliando com a manipulação das varas. Em bonecos mais complexos e pesados pode ser necessário mais de um manipulador para operar todos os mecanismos.
Uma variação do boneco de vara é o tringle, que se caracteriza por ser um boneco com uma vara fixa, normalmente na cabeça e manipulado por cima do boneco. O boneco de tringle possibilita movimentos extremamente rápidos, bruscos e pausados.




Marioneta ou Boneco de Fio
Boneco de fio ou marioneta é um tipo de boneco manipulado por fios ou cabos, conectados a uma estrutura de madeira [cruz]. A manipulação é feita por movimentos e mecanismos da cruz ou manipulando directamente os fios.
Uma característica da marioneta é a possibilidade de coordenar o peso[altura],  os eixos e as pernas do boneco em apenas uma mão que manipula a cruz, deixando livre a outra mão para manipular outros fios e mecanismos. A manipulação de bonecos de fio é uma técnica delicada que requer prática e um apurado conhecimento do boneco, dos seus eixos, mecanismos e das possibilidades de movimentos.
Uma marioneta simples pode chegar a ter nove fios: um em cada perna, um em cada mão, um em cada ombro, um em cada orelha (eixo da cabeça) e um na base da coluna, para inclinação do tronco do boneco. Movimentos mais detalhados podem exigir o dobro ou o triplo desse número. As marionetes são capazes de representar praticamente todos os movimentos humanos ou de animais, além de diversas outras possibilidades de articulações específicas a cada boneco.

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Boneco de Manipulação Directa [ Bunraku ]
Inspirado no Bunraku, uma técnica tradicional de Teatro Japonês, o boneco de manipulação directa, originalmente, é manipulado à vista da plateia e sincronicamente por três pessoas, a manipulação dá-se pelo contacto directo com o boneco.
Um manipulador controla e direcciona a cabeça e os seus mecanismos enquanto sustenta o peso do boneco pelo quadril, um segundo manipulador manipula os braços e o terceiro, os pés. A coordenação entre esses três artistas exige um longo e rigoroso treino de manipulação.







Boneco de Balcão
O boneco de balcão é uma variação da manipulação directa, porém, os manipuladores não tocam directamente no boneco. É manipulado numa mesa, bancada ou balcão e, normalmente, possui um mecanismo central nas suas costas ou cabeça, o que possibilita a coordenação de peso e eixo em apenas uma mão. As mãos e os braços do boneco podem ter mecanismos que são articulados pelo cotovelo.
Uma das grandes vantagens do boneco de balcão é a possibilidade de mecanismos da cabeça e do pescoço serem manipulados no interior do boneco, além da manipulação por apenas um ou dois manipuladores.




Boneco de Sombra [ Silhueta ]
Consiste em manipular figuras em focos de luz projectando as suas sombras numa tela. As figuras de sombras são chamadas de silhuetas ou bonecos de sombra, podem ser silhuetas chapadas ou tridimensionais, articuláveis ou não.
Nos teatros tradicionais da China, Índia, Turquia e Grécia as silhuetas são figuras planas, recortadas em couro ou algum outro material opaco ou ainda materiais semi-transparentes como pele de peixe.
Actualmente, diversos grupos desenvolvem pesquisas em Teatro de Sombras, bonecos podem ser criados em acetato, acrílico, gelatinas, papel, e as fontes de iluminação utilizadas são diversificadas como velas, lamparinas, lanternas, reflectores, projectores de vídeo, entre outros.
A manipulação de silhuetas pode se dar através de varas perpendiculares como no teatro japonês; com varas em ângulo recto com a tela, como nos teatros chinês e grego; ou por meio de cordões escondidos atrás dos bonecos como nas sombras chinesas, além de outras formas alternativas de manipulação.
Bonecos de sombra podem também ser figuras tridimensionais, com silhuetas planas em ângulo a um eixo. Além da criação de sombras com o próprio corpo humano, o sombrista pode utilizar máscaras e outros objectos no seu próprio corpo para a projecção de formas, volumes e silhuetas.
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Teatro Negro
Caracteriza-se por uma técnica de manipulação não aparente, ou seja, os manipuladores não ficam visíveis para o público. Normalmente, consiste num cenário em câmara escura e fundo negro e os manipuladores com figurinos completamente em preto, produzindo a ilusão de que bonecos e objectos não estão a ser manipulados mas sim possuem movimentos próprios.
Diversas técnicas e mecanismos podem ser usadas em conformidade com o Teatro Negro, principalmente no que se refere às técnicas de trabalho com luz negra, exemplo do Teatro Negro de Praga.
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Kuruma Ningyo
Kuruma Ningyo é um género japonês de teatro de bonecos. Diferentemente do Bunraku, um único actor manipula o boneco, trabalhando sentado numa estrutura em forma de caixa com rodinhas. Esta técnica consiste na união do boneco com um único actor, que manipula à vista do público. Esta caixa em que o actor se desloca é uma espécie de carrinho, denominado Kuruma em japonês, originalmente, possui cerca de 20 x 25 x 15cm  e três rodas. O actor trabalha sentado manipulando braços, tronco e cabeça do boneco e seus próprios pés são encaixados no calcanhar do boneco.




§  Robótica - manipulação com uso da tecnologia moderna
§  Bonecos habitáveis - o boneco é vestido pelo manipulador.
§  Objectos - incorporação de elementos para construção da narrativa.

domingo, 20 de março de 2011

Ilusão ou realidade?

Quando era mais nova não entendia nada. De facto, hoje não posso dizer que entendo muito, apenas que entendo melhor algumas situações.
Não percebia porque certas coisas aconteciam e como aconteciam. Deste modo, estava sempre a questionar-me e a pensar em como era a vida, o mundo.
Tudo o que acontecia parecia-me irrealidade, logo pensava sempre que estava a sonhar. Justamente, a seguir percebia que não era um sonho, era sim a realidade. Na verdade, isso deixava-me desanimada.
Afinal de contas, porque existiam os sonhos? Porque existia a realidade?
Não há dúvida que isso me deixava bastante confusa, mas também curiosa. Se os sonhos não eram realidade, então o que era a realidade? Queria pergunta aos adultos, mas depois de pensar, achei melhor descobrir sozinha.
Então, tudo isto era uma ilusão ou era a realidade? Portanto, nós, as pessoas, existimos ou não? Que confusão! Em todo o caso, continuava a tentar descobrir a verdade sobre os sonhos e a realidade. Em consequência de descobrir a verdade, fiquei mais aberta a ver o mundo de uma maneira diferente. Olhava para tudo o que me rodeava, a fim de saber se estava a sonhar ou não.
Se virmos bem, ninguém pode afirmar que estamos a viver a realidade, podemos ser apenas uma ilusão, um sonho. Um sonho de uma criança que se vai alterando consoante as escolhas que faz.
Fica claro que ainda vou tentar descobrir a verdade.
Enfim, a vida é uma grande confusão, sem certezas nem incertezas...


Quando - Conjunção subordinativa temporal
De facto - Locução adverbial de confirmação
Deste modo - Locução adverbial de confirmação
logo - Conjunção subordinativa consecutiva
Justamente - Advérbio temporal
Na verdade - Locução adverbial
Afinal - Advérbio final
Porque - Conjunção subordinativa causal
Não há dúvida que - Locução de certeza
Se - Conjunção subordinativa condicional
mas - Conjunção coordenativa adversativa
Portanto - Conjunção coordenativa conclusiva
ou - Conjunção coordenativa disjuntiva
Em todo o caso - Locução 
Em consequência - Locução coordenativa conclusiva
a fim de - Locução prepositiva
Se virmos bem - Locução de opinião
Fica claro que - Locução de confirmação
Enfim - Conjunção coordenativa conclusiva